segunda-feira, outubro 25, 2004

O que é uma Kipah ?


Kipah, em hebraico, origina-se da palavra cúpula e abóbada. É uma espécie de gorro que cobre a cabeça dos homens.

Desde os dias de Moisés uma das características que distinguem o povo judeu tem sido o costume de cobrir a cabeça.
É expressamente proibido entrar numa sinagoga, mencionar o nome de D'us, recitar uma bênção, estudar a Torah ou realizar qualquer acto religioso de cabeça descoberta.

De onde veio o costume? O conceito do Kipah foi realmente estabelecido como uma parte do vestuário judaico para ser usado nas orações. D'us foi cuidadoso em deixar claro para Moisés que o povo necessitava de um mediador para que pudesse ter comunicações com Ele.

Embora esse costume fosse originalmente aplicável somente ao sacerdote, mais tarde, na história, um número de pessoas da comunidade judaica começou a usar a Kipah. A suposição era que se para os sacerdotes era exigido cobrir suas cabeças, então deveria ser apropriado para todos os homens usar esse sinal de submissão.

Por outro lado o homem deve ter a cabeça coberta para mostrar humildade ao orar. O cobrir a cabeça é uma lembrança para Israel que há alguém cuidando dele, lembrando que há alguém acima de nós, que nos acompanha e observa nossos actos.

Os judeus sempre caminham em submissão e humildade ante o Senhor que está sempre cuidando deles.

segunda-feira, outubro 18, 2004

1º Festival Península de Músicas

Na primeira página da revista routeiroOUTUBROOEIRAS vem mencionado o seguinte:

1º FESTIVAL PENÍNSULA DE MÚSICAS

Sábado, dia 30 de Outubro às 19:00
Conferência do musicólogo Rui Vieira Nery
“O encontro de culturas nos cancioneiros musicais ibéricos do Renascimento”


Sábado dia 30 de Outubro às 21:30
.
"Al-Son – de Musulmanes, Judios y Cristianos en el Reino de Al Andalus
(o Encontro de Culturas Musicais no Reino Al-Andalus)"



Local:
Auditório Municipal Eunice Muñoz
R. Mestre de Aviz
Oeiras

Preço dos Bilhetes:

Plateia – 5,00 Euros
Balcão – 3,00 Euros

Isto para todos os espectáculos, mesmo conferência.

Compra de bilhetes durante o festival nas bilheteiras do auditório ou reservas (Tel.: 210036300).

domingo, outubro 17, 2004

Encontro de Bnei Anussim em Tomar no Jornal de Matosinhos

No blog da Hanamel poderão encontrar um artigo que saiu no jornal de Matosinhos no dia 15 de Outubro referente ao encontro nacional de Bnei Anussim em Tomar.
Clique aqui.

sábado, outubro 16, 2004

HUMILHAÇÃO - Paciência ! Chega !!!

SHAAREI TIKVASCO


Após a bem-sucedida XXXXXXª tentativa de entrarmos para um serviço na Grande e Renovada Sinagoga de Lisboa, conseguimo-lo, para nossa grande alegria, em Simchat Torah, alegria esta que se repetiu no dia a seguir, tendo sido gentilmente recebidos para o serviço de Kabbalat Shabbat.

Eu, que já tinha prometido a mim próprio, com toda a solenidade e veemência, nunca mais expor-me ao ridículo de situações abusivas, anti-éticas e anti-constitucionais, descobri que, afinal, valia a pena tentar e ter um bocadinho de boa vontade e savlanut. Sobretudo, quando nos é pedido por alguém tão especial e importante para nós que lhe demos um voto de confiança. E assim foi.

Parecia que estava tudo a mudar. Não foram só as paredes que foram pintadas, o portão trocado por outro mais bonito, com grandes e convidativos caracteres hebraicos, as escadas envernizadas, o stock de siddurim e chumashim renovado. Bem, afinal, parecia que tinham razão e, finalmente, nascera uma nova Sinagoga em Lisboa.

Com esta esperança andei duas semanas, fazendo planos, sonhando, esperando...enfim, “tikvando” na minha inocência de “yehugoy”, de judeu pleno e consciente mas de estatuto inferior, dependente de um pedaço de papel para ser contado para minyan, um “sub-alguém” que, durante duas semanas, já parecia ver a luz ao fundo do túnel e os shearim da esperança finalmente a quererem abrir-se a nós, os “pobres marraninhos”, os jacobinos da Ohel destroçada e em ruínas.

Parecia, afinal, que as lágrimas que tantas vezes já me caíram pelas faces tinham mudado de direcção e alcançado o Céu; parecia que as horas passadas a estudar as rezas para conseguir acompanhar um serviço tinham sido compensadas, parecia que a minha vontade em cumprir a(lguma)s mitzvot, guardar o Shabbat e manter-me, se não rigorosamente kasher, pelo menos parve, além da alegria inefável que tudo isto proporciona a um aspirante a carteirizado-judeu, tinha surtido efeito.’ “Ena pá!” Até que enfim, parece que há milagres!’ Dizia eu a alguém, esquecendo-me dos meus quase 40 anos e utilizando um calão de adolescente inconsequente, iludido, cego para a realidade dura das relações humanas, do poder de uns poucos contra a suposta pequenez de alguns que mendigam não um pedaço de pão, nem uma moedinha, mas apenas e simplesmente uma oportunidade: “Por favor, tenham piedade, deixem-me entrar para rezar e eu prometo que serei bonzinho! CHEGA!“

Já ouvi muitas vezes dizerem-me que há, na CIL, pessoas que nos querem lá dentro, que gostam de nós, etc. Há? Então, onde estão? Depois de ter sido humilhado à entrada da Sinagoga de Lisboa, como nunca fora até então (e acreditem, foi pior do que no Espaço Chiado, pois EU SEI o que senti ontem), em que tive de ficar de mãos ao ar como se fosse um ganav qualquer apanhado em flagrante delito, a ser literalmente VASCulhado, a ter de ouvir perguntarem-me se trazia alguma faca escondida, ou pistola, ou algo que pudesse pôr em causa a segurança da Comunidade.

Agora sou eu que vos peço: PACIÊNCIA!!!!! CHEGA!

Chega de estudar horas e noites seguidas para poder ser um bom judeu, aprender que há que ter ética, não fazer aos outros aquilo que não queremos que nos façam a nós, e, no fim, ter de passar por isto tudo outra vez.

CHEGA!

Agora sou eu que vos imploro paciência, dêem-me alguma, pois a minha já se esgotou! Onde estão, então, as pessoas que nos querem? Não há ninguém na CIL? Hello! Anybody home? Não há quem nada possa fazer? Ou serão exactamente esses que assistem a humilhações públicas passivamente sem nada fazerem? E, pior ainda, dão PODER A UM PUTO para determinar quem entra ou não? A insinuar que alguém, quem quer que ela, ou ele, seja, possa representar um perigo para a Comunidade? A obrigar(em-me) a entrar na sinagoga numa noite chuvosa e fria sem casaco, por poder vir a representar uma ameaça à Comunidade? Porquê tanto poder? Porquê tão pouca ética? Porquê tão pouco respeito? Porquê tão poucos valores? Porquê tão pouco amor? Porquê tanta humilhação? Porquê? Savlanut? Deixem-me rir. Mas enquanto eu me rio, por favor, FAÇAMOS ALGUMA COISA, que isto já é demais. Há que acabar essa guerra de sei-lá-quem contra sei-lá-quê! Das Portas da esperança... ops!! Disse esperança? esperança de quê? De ficar à espera no passeio público? De alguma dia, alguma hora, alguma vez poder ser tratado com o mínimo de dignidade? Esperança de vir a ser judeu? Eu não preciso ‘dessa’ esperança, pois eu sei aquilo que sou.

E se há nomes impróprios para uma casa de oração, outros há que dizem bem aquilo que representam: ‘Ohel Yaakov’, a Tenda de Yaakov. Sim, Yaakov, o medroso, o tímido, o pequeno, o inactivo, o mole, o ‘banana’, o que foi enganado e se deixou enganar, mas que descobriu um dia que é preciso lutar, e que lutou, e lutou contra D’us e venceu, e recebeu um novo nome, ISRAEL. Sim, somos pequenos, somos nada, pois não temos carteirinha e, por isso, abusam de nós, mas SOMOS ISRAEL! A 100%! Digam o que disserem. Pensem o que quiserem. E se isso não conta para alguns, ou mesmo para a maioria, conta para Aquele que não apenas soprou para dentro de nós o sopro da vida, mas que nos deu uma neshamá que brada aos Céus como a alma de Hevel! Pois, cada vez que tais humilhações acontecem, somos apunhalados um pouquinho pelos nossos irmãos. Mas, tal como Hevel, estamos à espera de justiça, e de que a tão falada Ética do Judaísmo não sejam só palavras de um livro sagrado, mas uma prática comum e visível do povo que foi chamado por Yeshayahu “OR LAGOYIM” (Luz para as nações); a luz brilha, a luz ilumina, a luz eleva, a luz esclarece; a luz não apaga, a luz não entorpece, a luz não humilha, a luz não deixa ter dúvida. Mas, se não há dúvidas, então, pergunto-vos: Até quando ter savlanut?

Entretanto, vou deixar-me apunhalar mais vezes. Talvez até que morra o meu orgulho (ou a minha vergonha). Deixar-me-ei apunhalar na próxima sexta-feira, e na outra, e na que virá a seguir...Porque a minha paciência acabou, mas o meu amor por haShem e pelo Seu povo, não. Que um dia, mas em breve, possamos cantar ‘Hinei Mah Tov’ sem gaguejar, nem desviar os olhos para o chão por não sentirmos aquilo que estamos a cantar. Porque, de facto, sabemos o que significa ética. Porque, de facto, sabemos ser judeus.

Kol tuv!
José Costa

quarta-feira, outubro 13, 2004

O que é um Judeu ?


É muito difícil encontrar uma simples definição do que é um judeu.

Judeu é todo aquele que aceita a fé judaica. Esta é a definição religiosa.

Judeu é aquele que, não tendo afiliação religiosa formal, considera os ensinamentos do Judaísmo - sua ética, seus costumes, sua literatura - como propriedade sua. Esta é a definição cultural.

Judeu é aquele que se considera judeu ou que assim é considerado pela sua comunidade. Esta é a definição prática.

Deve-se dizer também o que o judeu não é. Os judeus não são raça. A história revela que através de casamentos e conversões o seu número sofreu acréscimos sem conta. Há judeus morenos, louros, altos, baixos, de olhos azuis, verdes, castanhos e pretos. E apesar da maioria dos judeus serem de raça branca, há os judeus negros, os falashas, na Etiópia, os judeus chineses de Kai-Fung-Fu e um grupo de judeus índios no México, cuja origem, até hoje, ainda é um mistério para os antropólogos e arqueólogos.

O Judaísmo sempre foi uma fé viva, crescendo e modificando-se constantemente como todas as coisas vivas. Somos um povo cujas raízes foram replantadas com demasiada frequência, cujas ligações com as mais diferentes culturas foram muito intensas para que o pensamento e tradições religiosas permanecessem imutáveis. Sucessivamente, os judeus fizeram parte das civilizações, dos assírios e babilónios, dos persas, dos gregos e romanos e, por fim, do mundo cristão.

terça-feira, outubro 12, 2004

Escolhendo o nome Judaico

Após a conversão/retorno, um indivíduo é considerado um bebé recém-nascido, que terá que receber um nome hebraico.

Os anussim sempre seleccionaram nomes hebraicos que lhes transmitissem algo de especial; Rute tem sido por muito tempo um favorito (Rute, avó do rei David, é talvez a personagem bíblica convertida mais conhecida). A maioria dos anussim escolhem um nome bíblico. Existem 2800 nomes judaicos na bíblia, e embora menos de cinco por cento daqueles estejam em uso actual, todos deverão entrar em conta.

Muitos dos nomes na bíblia exaltam D’us. Nomes com prefixos ou sufixos “el”, “eli”, “ya” e “yahu”, referem todos a D’us. Por exemplo: Elisha – D’us é a minha salvação, Raphael – D’us curou, Gamliel – D’us é a minha recompensa.

Muitos indivíduos seguem o costume de seleccionar um nome hebraico baseado na letra ou no som inicial do seu nome original. Assim, por exemplo, João escolhe Yonathan e Ana escolhe Hannah. Bebés judeus geralmente possuem o nome dos avós e por vezes alguns anussims decidem também escolher o nome dos avós ou pais, ou então o nome de alguém que desejam honrar.

Pode clicar aqui para obter uma lista de nomes.

segunda-feira, outubro 11, 2004

Fotos do encontro de Bnei Anussim em Tomar

No dia 3 de Outubro assistiu-se a um encontro de Bnei Anussim em Tomar.
Houve um explicação dos quatro símbolos de Sukkot (etrog, lulav, hadass e aravá, cujo simbolismo está descrito neste blog) por parte do Rab. Boaz Pash e uma posterior reunião num espaço gentilmente cedido pela Cãmara Municipal de Tomar.

Aqui ficam umas fotos que traduzem o encontro na sua totalidade:

Participantes a ouvir atentamente a explicação do Rab. Boaz Pash sobre Sukkot, dentro da sinagoga



Todos sentados no chão, cantando músicas alegres de Simchat Torah



Foto do grupo completo no final do encontro

quinta-feira, outubro 07, 2004

Shemini Atzeret e Simchat Torah


O primeiro e o oitavo dia serão dias de repouso.

Se Sukkot dura sete dias, que oitavo dia é esse de que a Bíblia fala?

É um dia à parte, uma outra festa, que faz a conclusão de Sukkot. Shemini Atzeret é o seu nome. Se sete, o número da plenitude na terra, são os dias da Festa de Sukkot, oito é o número da plenitude futura. Portanto, o oitavo dia era o que faltava, é a manifestação do desejo humano de atingir a felicidade plena.



No oitavo dia haverá santa assembleia e apresentareis oferenda queimada ao Senhor teu D'us. É dia de reunião solene e não fareis nenhuma obra servil.

Shemini Atzeret, ou o "oitavo dia de reunião solene", não exige a mesma observância de Sukkot. Os sábios explicam a razão de sua solenidade por meio de uma parábola baseada no termo atzeret, que significa reunião e também reter ou deter-se e esperar.



D'us é como um rei que convidou todos os seus filhos para uma festa de um determinado número de dias. Ao chegar o dia da despedida, ele lhes diz: " Meus filhos, quero pedir-lhes algo: - fiquem mais um dia, é me difícil separar-me de vocês."

Nesse dia é lida nas sinagogas a oração pedindo pelo orvalho em abundância para o fortalecimento dos delicados brotos da primavera, e também pelas chuvas.



O D'us nosso e D'us dos nossos antepassados:

Orvalho pelo qual abençoas o alimento

Que falta nenhuma diminua nossa fartura!

À multidão que guiaste como rebanho

Concede-lhe agora Tua graça como orvalho.

Pois tu és Eterno, nosso D"us, que fazes soprar os ventos e cair o orvalho...

Ó D'us nosso e de nossos antepassados:

Senhor que todos temem. Lembra-Te, quando Te pedirem água, da Aliança com Abraão, que ofereceu água para lavagem de seus três divinos hóspedes. Concede a recompensa, agora, aos que hoje suplicam pela água...

Pois Tu és o Eterno, nosso D'us, que fazes soprar os ventos e cair a chuva.

Que seja:

Para o bem e não para o mal! Amém!

Para a fartura e não para a penúria! Amém!

Para a vida e não para a morte! Amém!



Em Israel, no dia de Shemini Atzeret é comemorada uma outra festa, Simchat Torah - Alegria da Torah. Em Israel, as duas celebram-se juntas num só dia; na diáspora, em dois, a fim de compensar-nos por não termos a felicidade de viver na Terra Santa.
Simchat Torah assinala o final do ciclo de leituras da Torah para o ano, porque a última parte é lida e completada neste ponto do serviço.
Simchat Torah também assinala o começo do ciclo de leitura da Torah, uma vez que, assim que a última parte do último capítulo é lida pelo Noivo da Torah (o Noivo da Torah é aquele honrado com a leitura do último livro), o ciclo recomeça com a leitura das três primeiras partes do Genesis, o primeiro livro.

segunda-feira, outubro 04, 2004

Sukkot


A festa dos Tabernáculos ou Tendas é a mais importante das três festas de peregrinação em Israel. Primeiramente chamada de festa da colheita (asip), esta festa passa a chamar-se mais tarde sukkot, que se traduz por "cabanas", "tendas" ou "tabernáculos".

É, como as outras duas, uma festa agrícola, celebrada no outono, sem data precisa. Mais tarde a festa passa a ser celebrada, segundo as leis sacerdotais, a partir do dia 15 de Tishri (o mês de Tishri corresponde a Setembro/Outubro), com uma duração de sete dias, terminando com um dia solene de descanso.

No Outono terminam todas as colheitas e se encerra o ano agrícola. Por isso, esta é uma festa muito alegre.

O nome sukkot vem da seguinte prática: durante as colheitas, o povo constrói cabanas ou abrigos nos pomares e vinhas, para se proteger do sol. Inicialmente a festa é celebrada ao ar livre e certamente assume o nome das cabanas (sukkot) que se espalham entre as plantações.

Mais tarde, a festa assume outro significado: o povo deve recordar o período em que vivera em tendas, no deserto, após a libertação do Egito. Naturalmente esta é uma associação litúrgica e não histórica.


Uma das mitzvot (mandamentos) especial na festa de sukkot são as quatro espécies (Arbaat Haminim): o etrog (a fruta cítrica), o lulav (ramo de palmeira), o hadass (ramo de mirta) e a aravá (ramos de salgueiro). Atamos as três últimas usando folhas do lulav e seguramos com a mão direita. Na mão esquerda seguramos o Etrog e assim juntamos as quatro espécies, cumprindo o mandamento da Torá.


As quatro espécies simbolizam quatro tipos de Judeus: o etrog tem fragrância e gosto, representando aqueles Judeus que estudam Torá e praticam boas acções. O lulav tem sabor mas não tem cheiro, representando aqueles Judeus que estudam Torá mas não fazem bons actos. O hadass tem cheiro mas não têm sabor, simbolizando aqueles Judeus que fazem boas acções mas não estudam Tora. Finalmente, as aravotnão têm nem sabor nem cheiro, representando os Judeus que não estudam Tora nem praticam boas acções.

Que fazemos em Sucot? Unimos estas quatro espécies, ou seja, unimos e reconhecemos cada Judeu como parte integral e importante do Povo Judeu. Se apenas um estiver faltando, a mitsvá (mandamento) estará incompleta. Nosso Povo é um. Precisamos fazer tudo que pudermos para unir o Povo Judeu e para fortalecer o futuro Judaico !

Abertura do blog

Abertura do blog da associação Hehaver.