quinta-feira, março 03, 2005

Purim - O que é ?


História animada, feita pelo Rabino Boaz Pash, referente a Purim.



Purim é festejado no dia 14 de Adar II. Este ano calha na Sexta-feira, dia 25 de Março de 2005.

O livro de Ester (Meguilat Ester), a base da festa de Purim, conta uma das mais queridas histórias bíblicas. Haman, o vilão da história, desenvolve um plano para aniquilar os Judeus da Pérsia – e este é aprovado pelo Rei Achashverosh. Através de uma complexa sequência de eventos, a Rainha Ester, judia, e seu pai adoptivo, Mordechai, conseguem interceder directamente com o rei, estragando o plano diabólico de Haman, e destruindo-o, juntamente com outros inimigos do Povo Judeu. É então proclamado o feriado de Purim.

Mas Purim – a Festa dos Sorteios – parece repleta de contradições. Em dada altura os Judeus estão sem ajuda e desesperados de medo; em outra, estão lutando contra os seus inimigos, vencendo-os. Milagres acontecem, e o nome de D’us nunca é citado. Em Purim, os Judeus reafirmam a sua lealdade ao Judaísmo, e alcançam novos níveis espirituais. Mas então vêm as máscaras, paródias, banquetes e bebidas. Purim ensina-nos a ver através das contradições da vida, e perceber que elas são todas parte do plano. Purim significa sorteios – como na lotaria.

Resumindo, Purim é a festa da unidade judaica. Assim como as contradições de Purim desembocam num tema unificado, o Povo Judeu deve ser unido, para comemorar.

Rabbi Eliyahu de Vilna escreveu que a Torah jamais poderia ter sido aceite por uma nação dividida – a nação teria que ser “Belev echad, keguf echad” – "como um só coração num só corpo". Assim, tal como os Judeus se uniram no Monte Sinai, também eles se uniram em Purim. “kimu vekiblu haiehudim” – “os Judeus confirmaram e aceitaram” (Meguilat Ester 9:27) manter o Judaísmo, com ainda mais entusiasmo que o Monte Sinai.

Todas as quatro observâncias de Purim levam-nos à união. Primeiro, sentamo-nos todos juntos para ouvir a leitura da Meguilá. Depois, a mitzvá de Matanot Laevionim – presentes para os pobres – une os pobres e os ricos. Mishloach Manot – enviar guloseimas – reforça a ligação entre nós e os nossos amigos.

Finalmente, para separar as barreiras que nos separam, bebemos. O beber durante a refeição de Purim deve-nos libertar das nossas inibições, não para nos levar a ser salvagens, mas para nos permitir mostrar os nossos mais interiores e profundos sentimentos de amor uns pelos outros. Ao bebermos (com moderação), diminuímos as fronteiras que nos separam uns dos outros, para nos sentirmos ainda mais como uma unidade.

2 Comments:

At 3/03/2005 8:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

lindo !!!

 
At 3/03/2005 10:47 da tarde, Anonymous Anónimo said...

e eu repito, lindissimo!!!!!

 

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